"O povo precisa de mais catecismo. Utilizem todos os meios de comunicação possíveis para transmitir a palavra de Deus" (Bento XVI)
Santo Agostinho nos diz que a maior dificuldade para o(a) catequista refere-se não ao que ensinar,mas a como ensinar. E sobre isto, Santo Agostinho tem a maior pedagogia de todos os tempos, que se fundamenta em instruir deleitando, para levar mais facilmente o catequizando à prática da verdade.
Hoje em dia, já se dá muita importância ao emocional na educação, que tanto ele ressaltava.
Vejamos o que ele nos diz a respeito:
Vejamos o que ele nos diz a respeito:
- Todo educador precisa conseguir três grandes metas: ensinar, deleitar e mover - Comenta Santo Agostinho: "Disse certo orador que o orador de tal modo deve falar que ensine, deleite e convença..." (Da Doutrina Cristã, 4,12,27).

- O catequista deve incentivar a aprendizagem do aluno, criando um clima de alegria e bom humor - Santo Agostinho apresenta uma nova linha pedagógica. A partir do conhecimento profundo de cada catequizando, o catequista há de estabelecer uma comunicação cordial, um clima de alegria e bom humor, de simpatia e sincera amizade, transparência do amor de Deus para com os homens. Santo Agostinho ressalta a importância da alegria que deve manifestar o catequista ao ensinar, fator de empatia muito importante entre o catequista e o catequizando: "O fato é que somos ouvidos com maior prazer, quando a nós mesmos agrada o nosso trabalho. O fio de nossa locução é tocado por nossa alegria e se desenvolve mais fácil e mais inteligível... A maior preocupação reside na maneira de narrar para que aquele que ensina, quem quer que seja faça-o com alegria; tanto mais agradável será a narração quanto maior for a alegria do catequista" (A instrução dos catecúmenos 2,4).
- A Caridade, o amor cristão é a condição indispensável para que o processo de aprendizagem se realize com alegria, porque torna-se agradável - Pedagogicamente, o amor é fundamental para que a aprendizagem se realize com alegria, porque, quando nossos discípulos percebem que os amamos, logo abrem seus corações para receberem nossos ensinamentos; estabelece-se então, entre quem fala e quem escuta, uma íntima correspondência de delicados sentimentos entre o educador e o educando, que sempre desperta a alegria de um e atenção do outro, chegando a construir uma forte fusão entre ambos: "Quanto mais amarmos nossos catequizandos, tanto mais desejaremos que aproveitem os ensinamentos que passamos e, assim, mais empenho faremos em ensinar-lhes aquilo de que precisam" (A Instrução dos Catecúmenos 10,14). "Não há coisa que mova mais ao amor que saber-se amado" (A Instrução dos Catecúmenos 4,7).

- Educar-se com e para o amor - O amor se apresenta não só como meio, mas como fim do ensino: "Usando do amor como motivador de teu ensinamento, explica as lições de tal forma que quem te escuta possa aceitar o que ouve e, aceitando-o, possa ter a esperança de possuí-lo; e, esperando, ame o que for ouvido e esperado" (A Instrução dos Catecúmenos 4,8).
- Encarnar os valores - Santo Agostinho se dá conta de que não é suficiente instruir formalmente, é necessário que se encarne o que ensina. De fato, as lições mais importantes vêm da força dos exemplos do catequista: "Os mestre se oferecem como modelos a imitar".
- Narrar a História da Salvação - E nesta narração, deve-se ir ao essencial: expor as obras admiráveis de Deus, centrar-se em Jesus Cristo e revelar o amor de Deus. A história do amor de Deus pelo homem deve conduzir o homem ao amor de Deus e ao próximo, por meio da fé e da esperança.
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