Pular para o conteúdo principal

Espiritualidade do Catequista

O que se entende por Espiritualidade?

Para descobrir o que é Espiritualidade vejamos primeiro o que é Espírito.

Espírito é a força que nos convida a viver, de corpo e alma. O espírito é o que há de mais profundo e verdadeiro em nós. É o espírito que nos deve animar a partir de dentro na realização de nossa atividade catequética.

Às vezes, confundimos “espírito” com personalidade, com pensamento, com intelecto... Mas são coisas diferentes. Personalidade, pensamento e intelecto são apenas expressões do espírito.

Costumamos associar o espírito com o comportamento das pessoas. Por isso, falamos de “presença de espírito”, quando uma pessoa é bem-humorada. Há também outras expressões: “espírito de aventura”, “falta de espírito”, gente “espirituosa”...

Espiritualidade vem de “Spiritus”, mas também de “Spirare”= soprar. É o que acontece em nossa vida: um sopro, um ardor, uma unidade, energia de vida.

É o que humaniza a nossa vida. É ainda o que nos unifica. “Senhor, unifica o meu coração” (Sl 86,11).

Espiritualidade é um estilo de vida


Espiritualidade é um estilo de vida, é uma maneira simples de viver, é a vida guiada e animada pelo Espírito; é o cultivo da presença do Espírito que, com a graça de Deus, anima a vida e as ações do cristão e da comunidade, estimulando as iniciativas em favor do Reino de Deus.

Espiritualidade é a capacidade que tem o ser humano de dialogar e entrar em harmonia com os apelos que vêm do seu interior. A Espiritualidade nos leva a buscar a fidelidade ao Espírito, que nos ajuda a discernir os sinais dos tempos e o bem das pessoas e da comunidade.

A espiritualidade nos leva a fazer perguntas e encontrar novas respostas. Por isso, em cada situação, em cada realidade é preciso redescobrir a espiritualidade.

A espiritualidade é algo essencial para a vida de todo cristão, principalmente para aqueles que são educadores da fé. Pela sua missão, necessitam não só de conhecimento teórico e intelectual, mas, acima de tudo, de conhecimento pessoal e concreto, de intimidade com Deus. Intimidade que se possa projetar na vida, nos acontecimentos e que não seja um mero espiritualismo.

O catequista vive no mais profundo de seu ser, iluminado e apoiado pelo Espírito que o faz coerente no seu projeto de vida cristã.

A sua espiritualidade é o profundo e dinâmico de seu próprio ser: suas maiores motivações, seu ideal, sua utopia, a mística pela qual vive e luta e com a qual se contagia os outros.

Quando dizemos que alguém “não tem espírito”, espiritualidade, queremos afirmar que não tem ideal, vida. É mais um boneco do que uma pessoa ou é uma máquina.

A espiritualidade do catequista vai se amoldando a partir das relações que vive através de sua missão catequética. Pelo que o catequista é e pelo que o catequista faz, deve responder às exigências de sua fé.

Uma vida de espiritualidade, uma vida de fé, ajuda a realizar melhor a missão da catequese. Por isso, há uma íntima relação entre a missão do catequista e sua vida cristã. Quanto maior for a sua fé, a catequese será mais bem realizada, e quanto melhor for à realização da catequese, mais madura será a fé do catequista.

Pistas para reflexão:

Há diversos aspectos para entender a espiritualidade.

- Como você a está entendendo?

- Na sua comunidade e na sua experiência de vida, você tem notado que tem surgido uma maior necessidade de aprofundar essa questão da mística ou da espiritualidade?

- Você percebe que, nós catequistas, temos uma espiritualidade específica? Como comunicamos a nossa experiência de Deus?

- Na sua vida pessoal como tem se manifestado essa busca de Deus?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eucaristia Nova Vida

                                Material utilizado: círculos de papel para representar hóstias; 1 tronco brotando; 1 cálice vazio; 1 texto bíblico sobre a eucaristia; canetas esferográficas ou lápis.                 Nº de participantes: indeterminado.                 Tempo aproximado: 40 minutos                 Desenvolvimento: Formar um círculo com os participantes, colocando no centro deste um tronco brotando, um cálice vazio  e um texto sobre a Eucaristia. Ler o texto bíblico. Comparar o tronco brotando com a vida nova em Cristo que a Eucaristia nos proporciona. O galho foi cortado, mas a nova vida brotou. Nós, pelo pecado cortamos a aliança com Deus, mas pelo arrependimento e pela Eucaristia podemos ter uma vida nova.                 Distribuir uma “hóstia” para cada participante, para que escrevam o que no dia-a-dia favorece o nosso crescimento e nos leva a fortificar nossa aliança com Deus. Todos colocarão as “hóstias” no cálice sem se identificar. O coordenador

Catequista: o "MISTAGOGO"

Está se tornando cada vez mais comum entre os catequistas o uso da palavra "mistagogia". Frequentemente escutamos falar que todo catequista é também um "mistagogo" e que a nossa catequese tem uma dimensão "mistagógica. Essas palavras estão ligadas à idéia de "mistica" e de "mistério", de uso corrente na espiritualidade cristã. A palavra mistério vem do grego mystérion , que quer dizer todo o plano da salvação que o Pai realiza, especialmente na pessoa de Jesus Cristo. Esse projeto de salvação, foi se revelando aos poucos na história do povo de Deus e até hoje continua seguindo o tempo e o ritmo de cada pessoa para se revelar e ser compreendido. Por Mistica podemos entender o tempero que dá sabor e sustento a tudo aquilo que pensa, sente e faz o cristão. Falar de mística é falar do sentido da existência, é falar da experiência amorosa de Deus. Enfim, é falar da experiência fundante do cristão: "aquele que deixa-se ser am

Perfil do Catequista - Parte I

Por Welder Cabral, Professor do Curso de Formação Básica para Catequistas (CFBC) da Diocese de Campo Limpo, São Paulo, SP.  Catequista, uma vocação antiga e de grande responsabilidade na Igreja. É responsável por transmitir (1 Cor 15,3) o conteúdo da fé àqueles que estão iniciando sua adesão a Igreja. Infelizmente com o decorrer dos séculos e o aumento explosivo de novos membros, o catequista acabou perdendo características essenciais em sua vocação. A competência pessoal é a primeira delas. Ele deveria ser um especialista no conhecimento da Fé Católica. O catequista é um discípulo que ouve a Deus na Igreja; que estuda a Palavra de Deus; que conhece a Tradição e obedece ao Magistério. Em seguida permite que o Espírito Santo o torne capaz de transmitir de forma sistemática esse conhecimento. O que exige esforço e desgaste, intelectual e físico, para ser competente nesse apostolado. E por isso mesmo não se pauta por achismos, especulações ou novidades contraditórias a Sã Doutrin