Creio que todo cristão teve, em determinado momento de sua vida de fé, alguém que o ajudou a passar pelos cursos de preparação para algum sacramento.
A pessoa do catequista deixa atrás de si como que um rastro de bem fazer, de bondade, de compreensão ou algo indizível que ficou gravado em nossa mente.
Ser catequista é ser benção, é ser um educador no caminho da fé. Uma benção que nunca saberemos como agradecer. Somente quando chegarmos à beatitude eterna nos daremos conta do papel realizado na tarefa da evangelização.
A razão disso é que ser catequista é um carisma simples e humilde, é verdade, mas definitivamente é graça do Espírito Santo que, como todo carisma e, como diz o catecismo, é "dirigido à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo".
Ser catequista, porém, não é fácil, tampouco é complicado. Simplesmente é algo que vem, sempre há o chamado, vive-se e, sem se dar conta, torna-se realidade na vida do cristão.
Se sempre foi importante ser catequista, hoje o é ainda mais pela urgência de agentes que cheguem à evangelização com a sua vivência.
Sentir-se chamado é algo maravilhoso. Deve ser muito comemorado o fato de Deus confiar em nós e colocar em nossas mãos o destino de sua palavra e o futuro de nossos catecúmenos.
Por isso, se faz necessário meditar, entrar em nosso interior, no silêncio do retiro, e pedir luz para poder ver com clareza o chamado. Porque não há que se ouvir, mas ver com clareza o que ouvimos. Isso, é um trabalho que exige tempo dedicado à oração, mas se tem boa vontade e obediência à Palavra de Deus, tudo se consegue! Deus fala e age para que você veja com clareza o que Ele está dizendo.
É muito importante que tenhamos sempre uma certeza: o catequista não é um mero transmissor da doutrina escrita e formulada. Mas, antes de tudo, o catequista é um comunicador da vida que ele mesmo descobriu em seu caminho de fé e pela qual optou, configurando todo seu ser e agir a essa maneira de viver, segundo o carisma recebido. Não é fácil, sem dúvida. Mas, é possível!
E hoje, mais do que nunca, o mundo espera a vida iluminada dos chamados, que souberam dar resposta: os catequistas.
Os trabalhos realizado no catecismo, o esforço comunitário e pessoal de aceitação e gratidão de um carisma tão belo quanto universal, é muito necessário necessário para o nosso mundo de hoje, onde reina a descrença, o egoísmo, o orgulho, a presunção... Enfim, nosso mundo precisa ser re-evangelizado e, mais ainda, catequizado com autenticidade.
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